Sua rede de franquias pode quebrar! Dê atenção a estes 10 itens
Estudos de vários fomentadores do empreendedorismo, como o Sebrae, apontam que aproximadamente 24% das empresas fecham em menos em até 2 anos da abertura, e que mais de 50% não sobrevivem a 4 anos.
Quando segmentamos para o setor de franquias, este número da mortalidade precoce, realmente diminui, caindo para a ordem de 8 a 10% até o segundo ano, e diminui, ao invés de aumentar, para as que passam de 2 anos, caindo para 6 a 8 % as que fecham do segundo ao quinto ano.
É certo que o ramo de franquias, por ter uma estrutura mais bem definida e por ter seus negócios previamente testados, dão uma segurança maior ao empreendedor de primeira viagem.
Mas será que isto, por si só, já é suficiente para que o negócio, na “mão de qualquer um” dê certo?
Sem dúvida que não. Da escolha do franqueado a algumas questões pontuais da franqueadora, é muito importante que ao entrar neste segmento, você avalie o seu franqueador, e você franqueador, avalie bem seus candidatos.
Vamos discutir aqui 10 pontos importantes, para que franqueadores e para franqueados, futuros ou atuais, tenham atenção especial
Boas práticas
- Não se deixe levar pelo “jeitinho brasileiro”. Não faça o mais fácil se não for o melhor para benefício da rede. Importante ver se os processos estão bem feitos e sustentáveis. Assim, sua rede terá uma vida longa e repetirá corretamente seus procedimentos.
Sazonalidade
- Pense na formatação de um negócio que tenha baixa sazonalidade, ou seja, não dependa de certa épocas do ano para vender. Seja por ter ou não determinado insumo crítico, seja por ter ou não público para consumí-lo.
Não pare nunca!
- Desenvolvimento e inovação de novos produtos para seus consumidores é fundamental. Invente, teste, valide e nunca pare de criar. Seja no ramo de alimentação, moda ou serviços, é muito importante para você manter a relação estreita com seu consumidor e fazê-lo retornar, que sempre haja novidades.
Treinamento
- Sua equipe é seu cartão de visita e a coluna vertebral da sua empresa. Por isto, treine bem sua equipe de treinadores para que ela possa treinar bem sua equipe franqueada. Lembre-se que é o franqueado que está na ponta atendendo o cliente da sua marca, ou seja, se ele fizer besteira, seja na confecção do produto, ou no trato com o cliente, toda a cadeia irá perder.
Enfraquecimento financeiro da franqueadora
- Todas as empresas estão sujeitas a falir, até as franqueadoras. Por isto é importante analisar a saúde financeira. Desde o número de lojas próprias da franqueadora — quanto mais melhor, bem como os investimentos feitos em propaganda e marketing, novos produtos, estrutura de apoio e suporte (desde escritórios até mesmo equipe contratada), enfim, como está a saúde financeira da franqueadora.
Escolha do Ponto
- Um dos principais atributos da franqueadora é a ajuda na escolha do ponto. A escolha certa é meio caminho andado, e a escolha errada, é o inverso! A franqueadora tem que ser boa nesta seleção. Valide com a rede, como foi o apoio e a assertividade na escolha dos pontos pregressos.
Seleção dos franqueados
- Não basta ter o dinheiro para investir. Muitas franqueadoras, principalmente no seu início, abrem mão da qualidade do franqueado, para expandir. E isto pode ser um tiro no pé. Ter franqueados que não estejam engajados ou de acordo com as premissas da missão da franqueadora, podem por tudo a perder. Analise bem o perfil de cada candidato, e além do dinheiro, pese bem as demais características.
Destaca-se para os pontos em análise do franqueado:
Comportamento empreendedor do franqueado
- Importante analisar se o franqueado tem ou não o viés empreendedor. Porém, é necessário analisar também se este candidato tem o perfil de seguir as normas e regras. Muitos empreendores-natos são “rebeldes” por natureza, e com isto podem causar
Falta de dedicação ao negócio
- O tempo de dedicação que o candidato dará ao novo negócio também é fundamental. Ser somente o investidor e por um outro para operar, pode até ser uma opção, desde que este “outro” seja avaliado e tenha o comprometimento necessário, mas o realmente certo, é que o próprio franqueado possa dedicar de pelo menos 50% do seu tempo ao negócio.
Gestão financeira do franqueado
- Por fim, o dinheiro. Este embora não seja o único diferencial, é um ponto de alerta. Obviamente ter capital suficiente para alavancar o negócio é importante. Porém além do capital para “obra e inauguração” é importante ter capital de giro, pois temos recebimentos em cartões e vouchers, que levam 30 dias para cair, entre outros. Toda saúde financeira deve ser acompanhada pelo franqueador, e inclusive fazer parte do treinamento ao franqueado. Um bom fluxo de caixa é condição certa para o sucesso ou para o fracasso da empreitada.
Sabemos que muito do exposto é “meio óbvio”, mas na vontade de ter uma nova unidade, ou de montar um novo negócio, ambas as partes deixam “pra segundo plano” alguns dos pontos, que a médio prazo, e com certa recorrência, podem fazer a rede montada ruir.
Bons Negócios,
Marcio Blak, criando estratégias de crescimento de negócios de food, varejos & franquias
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